A dermatologista Mônica Aribi: uma das pioneiras do método
A decoradora Claudia Milani, de 47 anos, vinha realizando um périplo por clínicas de estética
na cidade desde 2007, quando decidiu procurar ajuda para sanar um
problema de flacidez na pele do pescoço. Nesse processo, submeteu-se a
várias aplicações de laser, que produzem um efeito rejuvenescedor, mas
não ficou totalmente satisfeita com o resultado. No mês passado, soube
por meio de sua dermatologista que havia chegado à cidade um novo
aparelho de ponta capaz de ajudar a resolver o seu caso. Pagou caro pelo
procedimento (cerca de 5.000 reais por uma sessão de uma hora) e saiu
do consultório com a convicção de que o benefício compensou o custo.
“Não tive efeitos colaterais, como vermelhidão no local da aplicação”,
conta. “Sou contra coisas muito invasivas e vou adiar até quando puder
uma cirurgia plástica.”
O equipamento em questão, batizado de Ulthera,
nasceu nos laboratórios dos Estados Unidos e virou um hit da área de
estética, causando muito interesse desde o seu lançamento, em março, na
septuagésima edição do Congresso Americano de Dermatologia, realizado na
cidade de San Diego. Entre as clientes americanas que utilizaram a
técnica estaria a primeira- dama Michelle Obama.
A máquina desembarcou por aqui em abril e, apesar de ainda não exibir
um histórico tão amplo para confirmar sua eficiência, começa a ser
utilizada nos consultórios paulistanos cercada de boas expectativas.
Pelo menos quinze clínicas oferecem o serviço e outras cinco devem
entrar para essa lista até o fim de agosto. “O produto vem sendo
comercializado em mais de 35 países. Não dava para o Brasil, terceiro
maior mercado de beleza do mundo, ficar sem a tecnologia”, afirma José
Luís Lopes, diretor da distribuidora Medsystems, responsável pela
importação do aparelho, que custa 275.000 reais no território nacional.
A decoradora Claudia Milani, que passou pela aplicação: sem efeitos colaterais
O Ulthera é um ultrassom que, ao estimular a produção de colágeno e
enrijecer a camada superficial do músculo, provoca o estiramento da
cútis. O resultado é alcançado graças à liberação de ondas por meio do
aplicador que, passado sobre o rosto, cauteriza a derme e a capa da
musculatura, provocando um leve inchaço. Pode ser aplicado no contorno
do maxilar, na testa, no pescoço e próximo à região dos olhos. É
indicado principalmente para quem já apresenta sinais visíveis de perda
de elasticidade. “Em apenas uma sessão, com duração de sessenta minutos,
é possível levantar as sobrancelhas, reposicionar as maçãs do rosto,
definir o ângulo da mandíbula e reduzir a flacidez do pescoço”, explica a
dermatologista Mônica Aribi, uma das pioneiras nesse tipo de serviço na
cidade. Em junho, ela dividiu com outras duas colegas o custo de compra
de uma engenhoca. “As melhoras são visíveis logo após o procedimento,
mas o resultado só será conferido depois de um mês, quando os tecidos
estiverem cicatrizados”, completa.
O dermatologista Nuno Osório: mais de quarenta tratamentos realizados
Na opinião de especialistas, o Ulthera tem uma alta taxa de eficiência para problemas localizados, mas não resolve todos os dilemas estéticos. “O equipamento alcança uma profundidade na derme maior que a dos aparelhos similares, mas existem níveis mais avançados de flacidez que ele não combate e, para esses casos, é necessário o uso do bisturi”, diz o médico Gerson Luiz Julio, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Fonte: http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2282/clinicas-novo-ultrassom-enrijecer-pele
Fotos: Mario Rodrigues.
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