Técnicas de
depilação duradoras, laser e fotodepilação diferem no tipo de luz
utilizada para atingir a raiz do pelo e bloquear seu crescimento.
Se você acha que o processo de depilação com cera ou lâmina são
incômodos ou pouco práticos, provavelmente já deve ter avaliado a
possibilidade de se submeter às técnicas cada vez mais populares de
depilação a laser ou de fotodepilação. Os dois procedimentos têm
aspectos parecidos, mas são diferentes, pois cada um usa um tipo de luz
para atingir a raiz do pelo, o que é determinante para sua eficácia.
“O laser é uma luz com feixe reto, focado especificamente para a célula
alvo. A intensidade de sua onda atinge as células germinativas da raiz
dos pelos, o que o torna mais eficaz, já que impossibilita durante muito
tempo que o pelo nasça e cresça”, explica a dermatologista Vanessa
Metz, do Rio de Janeiro, membro da Sociedade Brasileira e da Academia
Americana de Dermatologia. Já a fotodepilação é feita com uma luz
difusa, não tão específica. “Trata-se de um método realizado com luz
pulsada de baixa intensidade, com vários comprimentos de onda, e outras
luzes não-laser, que têm efeito de enfraquecer e debilitar o pelo e seu
bulbo, mas não têm a capacidade real de destruir as células germinativas
da raiz dos fios. Por isso a necessidade de manutenção nas áreas já
depiladas é bem maior do que com o laser”, esclarece a dermatologista
Claudia Marçal, de Campinas (SP). Em tempo: por se tratar de uma luz
difusa, é recomendado que os pelos sejam raspados antes da sessão de
fotodepilação, assim fica mais fácil direcionar a energia para a raiz
dos pelos.
TÉCNICAS NÃO SÃO DEFINITIVAS
Embora conhecidos como métodos definitivos para a eliminação de pelos, os médicos são unânimes ao afirmar que não se tratam de técnicas definitivas, mas progressivas. “O termo depilação definitiva, na prática, está errado, tanto para um método quanto para outro. Na maioria das pacientes observamos uma redução de 80 a 90% dos pelos, depois de seis ou oito sessões. Depois é suficiente uma sessão de manutenção a cada seis meses ou um ano – dependendo do caso e da técnica utilizada – mas é necessário porque novos pelos podem nascer. Porém os fios nunca mais serão grossos como antes”, justifica a dermatologista Vanessa Metz. “O organismo tem a capacidade de produzir novas raízes e bulbos que dão origem a novas hastes, que para serem eliminados precisarão de novas sessões, mas os 10 a 20% dos pelos que ficam se transformam em fios muito finos, como penugem”, completa a dermatologista Claudia Marçal.
Tipo de pelo e de pele mais adequado a cada método
“Os pelos grisalhos, brancos, loiros e ruivos são muito resistentes ao
tratamento de fotodepilação. A justificativa é simples: deve-se à total
ausência de pigmentos escuros nestes tipos de pelos. Quanto maior o
contraste entre a pele e o cabelo, melhor o resultado conseguido na
remoção dos pelos”, esclarece a dermatologista Jozian Quental, de São
Paulo, membro da Academia Americana de Dermatologia. O laser, no geral, é
mais eficaz para todos os tipos de pele, mesmo assim em alguns casos
pode ser necessário um número maior de sessões se os pelos forem muito
finos, claros demais ou se a pele for mais morena ou bronzeada. “A
fotodepilação, por sua vez, não deve ser feita nas peles muito morenas,
mulatas ou negras, pois existe o risco de provocar manchas
irreversíveis”, alerta Claudia Marçal. Para a médica Jozian Quental, o
procedimento não pode ser realizado sobre a pele bronzeada. “Os melhores
resultados dos tratamentos de fotodepilação são conseguidos com os
cabelos escuros e a pele branca. Nos tratamentos aplicados em peles
sensíveis ou demasiadamente escuras, pode haver queimaduras e
cicatrizes”, afirma a dermatologista, que sugere uma abstinência de sol
por pelo menos 15 dias antes do procedimento.
Duração dos resultados
Os resultados – tanto da depilação a laser quanto da fotodepilação –
são relativos e variam dependendo do caso. “É muito individual e depende
de algumas variáveis como, por exemplo, da região do corpo em questão,
do tipo de laser empregado, da produção de hormônios, da cor da pele e
da cor dos pelos”, diz Jozian Quental. “Em média, o bloqueio do
nascimento dos pelos, retirado com laser, pode durar de três a cinco
anos”, calcula Cláudia Marçal. Já, a estimativa de duração para a
fotodepilação é de um ano, em média, sendo preciso considerar diversos
fatores subjetivos, que tornam esse cálculo variável. Para a
dermatologista Mônica Azulay, professora adjunta do departamento de
dermatologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), esse
prazo vai depender do aparelho utilizado para a remoção dos pelos. “No
mercado encontramos aparelhos mais "fortes" e mais "fracos". Os mais
fracos, normalmente, exigem mais sessões e implicam, muitas vezes, em
uma redução de curto prazo dos pelos, ou seja, provocam apenas um
retardamento no crescimento dos mesmos”, acredita a médica.
Pele negra: prós e contras das duas técnicas
Quando se trata de peles negras, é preciso muita cautela, pois o laser e
a luz pulsada têm afinidade pela melanina do pelo, isto é, fios escuros
atraem a energia; porém, quando a pele também é escura dificulta o
processo e aumenta o risco de queimaduras e cicatrizes. “A luz pulsada
pode ser utilizada em peles morenas, mas não é recomendada para as
negras. O risco de queimadura é grande. Entretanto, se o profissional
que faz o procedimento for um dermatologista ele vai saber tratar e
lidar com as eventuais complicações. Já o laser de diodo é o método mais
seguro para este tipo de pele”, explica a dermatologista Mônica Azulay.
“O laser é mais seguro do que a luz pulsada, para as peles muito
morenas e negras, por causa do comprimento de onda da luz pulsada. O
laser é direcionado para a melanina da raiz do pelo e ajustamos o pulso
do disparo para pulso longo e assim é possível proteger a pele mais
escura. Já a luz pulsada não tem esse ajuste tão fino além de atingir a
melanina da pele e outros alvos como hemoglobina também”, conclui
Vanessa Metz.
Fonte: http://mulher.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2012/09/21/fotodepilacao-ou-depilacao-a-laser-conheca-as-diferencas-entre-os-metodos-e-escolha-o-mais-eficaz-para-voce.htm
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