A cirurgia plástica, que é a moda de hoje, foi descrita há mais de 400
a.C., com um cirurgião indiano que já reparava narizes amputados por
castigos da época. Como especialidade médica se desenvolveu a partir da
Primeira Guerra Mundial e da enorme quantidade de vítimas. Além dos
milhares de soldados que morreram, milhões foram mutilados ou deformados
horrivelmente, requerendo um tratamento cirúrgico especializado. No
entanto, o mais significante desenvolvimento das técnicas de cirurgia
plástica se deu no último século com a descoberta da anestesia.
Atualmente, o Brasil é referência nesta técnica, além de ser um dos
mais conceituados na área. No ranking da ISAPS (Sociedade Internacional
de Cirurgia Plástica e Estética) é o segundo país com maior número de
procedimentos (1.592.106 realizados ao ano), ficando atrás apenas dos
Estados Unidos, onde são feitas 1.620.855 cirurgias desse tipo
anualmente. Na lista de cirurgias como lipoaspiração e rinoplastia, o
Brasil chega a ficar em primeiro lugar.
O termo cirurgia plástica foi erroneamente dividido em reparadora e
estética. Entende-se como cirurgia estética a utilizada para remodelação
da forma quando não há doença associada; e cirurgia reparadora ou
reconstrutora, quando indicada para reparar anormalidades ocasionadas
por doenças congênitas, trauma, queimaduras, infecção, tumores e por
outras doenças. Entretanto, não existe cirurgia reparadora que não
esteja baseada nos princípios de correção estética. “Portanto, a
tentativa de divisão entre estes dois ramos da cirurgia é apenas
teórica, já que na cirurgia reparadora também procuramos melhorar a
estética”, afirma o dr. Marcelo Norio Inada, cirurgião plástico, membro
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
“Um dos motivos pelo qual escolhi esta profissão é poder tratar de
todos, homens, mulheres, crianças e adultos, usando minha habilidade com
as mãos e o senso de artista necessário para o cirurgião plástico”, diz
Inada.
No caso das crianças, recém-nascidos que apresentam fissuras, lábio
leporino ou más formações congênitas muitas vezes precisam de várias
cirurgias durante toda a infância.
Depois na fase pré-escolar, crianças que muitas vezes sofrem uma vida
inteira devido a orelha de abano, poderiam ter o problema resolvido com
uma cirurgia que pode evitar apelidos e o "bullying" na escola.
Na adolescência, a rinoplastia pode mudar a alto estima das meninas e
até dos rapazes no início dos relacionamentos. Hoje em dia cada vez
mais as próteses de silicone vêm ganhando mais cedo os seios das
meninas. “Mas o mais importante é aguardar o momento certo e o
desenvolvimento do corpo de cada mulher”, aconselha o dr. Inada.
A lipoaspiração é um desejo de quase todas as mulheres jovens ou
maduras e após a gestação, o procedimento de escolha é uma
abdominoplastia para a reparação do abdômen e dos músculos retos
abdominais que se distendem. Após a amamentação, os seios antes túrgidos
de leite ficam flácidos com o excesso de pele e a colocação de uma
prótese de silicone é a cirurgia mais solicitada.
Com o passar dos anos, o corpo vai sofrendo os efeitos da idade e a
beleza vai ficando restrita ao rosto. Promovemos, então, o
rejuvenescimento facial pela blefaroplastia e da ritidoplastia ou
face-lifting, além dos procedimentos estéticos como a utilização da
toxina botulínica e dos preenchimentos com ácido hialurônico.
E até que idade pode-se operar? “Até quando a mulher tenha vaidade, dizia um antigo professor meu”, finaliza dr. Inada.
*Marcelo Norio Inada é cirurgião plástico pela Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica e pela Associação Médica Brasileira. Titular em
Oncologia Cutânea no Hospital AC Camargo. Membro do corpo clínico do
Hospital Israelita Albert Einstein e atende em sua clínica particular.
Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=99354:cirurgia-plastica-de-acordo-com-a-idade&catid=47:cat-saude&Itemid=328
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